O dólar abriu a sessão desta segunda-feira, 15, em queda, mas passou a exibir viés de alta, refletindo uma demanda de importador e algumas tesourarias na esteira da queda acumulada de 2,09% ante o real nas últimas cinco sessões.

A princípio, o sinal de baixa do dólar ficou em linha com o viés negativo predominante no exterior em relação a outras divisas de países emergentes exportadores de commodities, após uma leve desaceleração do PIB da China no segundo trimestre para 6,2%, ante expectativas de alta de 6,3%. Outros dados chineses, como os de produção industrial e de vendas no varejo do país em junho, vieram melhores que o esperado, beneficiando também as moedas de economias emergentes.

As declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, na semana passada no Congresso dos EUA praticamente confirmaram que haverá corte de juros este ano, e fez o dólar cair tanto ante divisas fortes, como o euro, como perante emergentes. A dúvida agora do mercado financeiro é se a redução será de 0,25 ponto porcentual ou de 0,50. Nesta quarta-feira, Powell voltará ao radar em um evento do G7, na França.

Na sessão anterior, o dólar chegou a recuar, mas o ajuste foi limitado pela percepção de que o segundo turno de votação da PEC da reforma da Previdência ficaria para agosto, o que foi confirmado depois no plenário da Câmara.

Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em entrevista à Rádio Gaúcha, afirmou que Estados e municípios ficaram de fora do texto-base da reforma da Previdência, em uma “decisão política, porque havia o risco de não se aprovar nada”. Maia disse, no entanto, que a inclusão dos Estados e municípios pode ser revista no Senado após a aprovação do texto na Câmara na votação em segundo turno no plenário, marcada para começar dia 6 de agosto. Depois disso, o envio do texto ao Senado está previsto para 9 de agosto.

Às 9h39, o dólar à vista tinha viés de alta, a R$ 3,7391 (+0,02%). O dólar futuro para agosto subia 0,07%, a R$ 3,7445.