O dólar abriu em baixa nesta quarta-feira, dia 4, alinhado à tendência internacional de enfraquecimento da moeda no mercado internacional. O noticiário positivo na Ásia e Europa reduz a busca por ativos de proteção, o que leva também a uma menor procura por títulos públicos de países com economia consolidada. Nesse ambiente, as taxas dos Treasuries avançam, em sinal de menor demanda pelos papéis, enquanto os futuros das bolsas de Nova York indicam abertura positiva.

O destaque do noticiário internacional é a alta do índice dos gerentes de compras (PMI) do setor de serviços chinês, que passou de 51,6 em julho para 52,1 em agosto, atingindo o maior nível em três meses, de acordo com a pesquisa da IHS Markit. O dado arrefece a tensão em relação à guerra comercial travada entre China e Estados Unidos. Em resposta, a quarta-feira é de alta das commodities, com o petróleo avançando mais de 1% nos futuros de Londres e Nova York.

O dólar perde força ante a maioria das outras moedas fortes e entre praticamente todas as divisas de países emergentes. Além do PMI chinês, contribui para a melhora dos ânimos do investidor a derrota na terça-feira, 3, do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, em votação para assumir o controle da agenda legislativa.

A votação torna mais difícil a hipótese de um Brexit sem acordo. Para completar o quadro mais benigno, a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou nesta quarta-feira que vai retirar a polêmica lei de extradição, estopim de violentos protestos no território semiautônomo recentemente.

Às 9h21 desta quarta, a moeda era negociada a R$ 4,1433, em baixa de 0,85%. O Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar ante uma cesta de moedas fortes, tinha baixa de 0,59%. No mercado futuro, o contrato de câmbio para outubro indicava baixa de 0,59%, aos R$ 4,1495.

Na agenda internacional, haverá expectativa ainda nesta quarta pela fala dos presidentes do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, e de Chicago, Charles Evans, além da diretora do Fed Michelle Bowman. Às 16h, o BC americano divulgará o Livro Bege, relatório com as percepções das suas distritais sobre o desempenho da economia americana.

No Brasil, o Banco Central prossegue com os leilões de dólar à vista conjugado com swap reverso, no montante de US$ 580 milhões. Se a oferta não for totalmente colocada, os valores remanescentes serão ofertados em leilão de swap tradicional. Na terça, o dólar à vista fechou em leve baixa, de 0,09%, cotado a R$ 4,1790.