O dólar abriu em alta contundente nesta quarta-feira, 19, mas, poucos minutos depois, já exibia queda. No segmento à vista, a cotação marcou mínima abaixo dos R$ 4,14 (em queda de 0,13%).

Agentes do mercado mencionam que o comportamento resulta de leituras diferentes da pesquisa eleitoral do Ibope divulgada na Terça-feira (18). O forte ritmo de crescimento do petista Fernando Haddad foi mencionado como um fator para pressionar a cotação para cima. Como pressão de baixa, é citada a forte competitividade do militar da reserva Jair Bolsonaro (PSL), destacada na análise de Rafael Cortez, sócio da Tendências Consultoria, em entrevista ontem à noite.

“Não dá para dizer que o mercado gostou do resultado da pesquisa. Mas o fato é que Bolsonaro segue, mesmo que aos poucos, avançando”, afirmou um operador. Outro profissional de câmbio afirmou que era esperado o crescimento de Haddad. “Já estava precificado”, disse. A estagnação de Geraldo Alckmin (PSDB) também não foi surpresa.

Bruno Madruga, assessor da Monte Bravo Investimentos, destaca que a valorização recente do dólar está exagerada. “Não há fundamentos nem por que o dólar estar tão caro. O mercado deu uma puxada e exagerou. Por isso, vemos espaço para realização”, disse o assessor responsável pela área de renda variável da companhia.

Às 9h42 desta quarta-feira, o dólar à vista caía a R$ 4,1422 (-0,04%). O contrato para outubro do dólar recuava 0,49% aos R$ 4,147.