O dólar acelerou a alta no mercado doméstico, na contramão da perda de força no exterior, em meio ao aumento das especulações sobre o ministro da economia, Paulo Guedes, afirma Mauriciano Cavalcante, diretor de câmbio da Ourominas. “O nervosismo do mercado reflete a percepção de que há conflito de interesses entre os ministros Guedes e Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, e sobre a titularidade das medidas econômicas para tentar reativar a economia pós-pandemia de coronavírus”, diz.

Segundo ele, o mercado volta a cogitar uma eventual saída de Guedes.

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“A aprovação do novo Fundeb pelo Senado ontem traz pressão adicional para as contas publicas nos próximos anos, e é mais um desafio ao governo em relação ao cumprimento do teto de gastos”, avalia. O mercado vai puxar mais o dólar, comenta. O leilão de linha era de rolagem e não tem tanta influencia nas cotações e o BC deveria entrar com oferta nova no mercado à vista”, defende o executivo.

O dólar à vista teve nova máxima a R$ 5,5621 (+0,63%), na esteira do dólar futuro de setembro que subiu até R$ 5,5630 (+0,94%).