O dólar volta a ampliar ganhos e registrou máxima a R$ 5,4044 há pouco. O gerente de Tesouraria do Banco da China no Brasil, Jayro Rezende, diz que o embate entre Estados Unidos e China é o fator preponderante para a cautela dos investidores, juntamente com a espera pelo desfecho das negociações entre republicanos e democratas em torno do novo pacote de ajuda à economia americana.

Bolsas da Ásia fecham em baixa com novo capítulo de tensões entre EUA e China

Cautela externa pesa nos DIs longos e juros curtos ficam estáveis após IPCA

Por isso, segundo ele, os dados positivos do payroll (dado de emprego) norte-americano apenas ajudaram para uma desaceleração pontual da alta do dólar.

“O embate sino-americano deve perdurar durante toda a campanha à reeleição do presidente Donald Trump, mas não é bom para nenhum dos lados. Qualquer ruptura, distensão maior, os dois lados perdem e o mercado precifica os riscos à recuperação da economia global”, comenta a fonte.

Internamente, Rezende afirma que o tabelamento de juros do cheque especial e do cartão de crédito, ainda que por prazo determinado, pesa também no humor, porque o Congresso não é fórum adequado para arbitrar a política de juros, mas sim a política de teto de gastos. “Gera insegurança jurídica, pode ser contestado pelas entidades que representam os bancos”, avalia.

O dólar futuro de setembro teve máxima a R$ 5,4105.