O dólar disparou rumo aos R$ 3,470 no mercado à vista, ao registrar máxima de R$ 3,4681 (+0,53%) na manhã desta terça-feira, 24,. É o maior valor intraday desde 5 de dezembro de 2016(R$ 3,4782). O Banco Central ainda não interveio.

O economista da MCM Consultores, Antonio Madeira, diz que o mercado opera sob duas forças: notícias sobre juro dos Treasuries abalam os ativos mundiais e agora o juro do T-Note 10 anos volta a se aproximar dos 3% em meio a preocupações com a inflação e a política de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), além dos leilões de títulos nos EUA de mais de US$ 100 bi hoje e que mexem com a rentabilidade.

A máxima do juro do T-Note 10 anos ficou em 2,9935% perto do fechamento deste texto.

Internamente, há contexto de grande incerteza eleitoral e fechamento de mês sempre tem pressão de rolagem de contratos futuros, diz Madeira. “O dólar vem em uma escalada, deu salto de R$ 3,40 para R$ 3,450, quem tem passivo em moeda estrangeira começa a demandar mais hedge. Diante disso, o mercado percebe um quadro externo favorável ao dólar e aqui tem muita incerteza e busca proteção”, avalia.

No mercado futuro, a máxima do dólar para maio foi de R$ 3,470 (+0,45%).