SÃO PAULO (Reuters) -O dólar à vista virou e operava em queda nesta terça-feira, enquanto no mercado futuro a taxa se estabilizava, com os negócios sujeitos a fluxos pontuais apesar do dia instável nas praças internacionais em meio a tensões geopolíticas e no primeiro dos dois dias de reunião de política monetária nos EUA.

Às 11h41 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,29%, a 5,4910 reais na venda, após oscilar entre alta de 0,29%, a 5,523 reais, e queda de 0,38%, a 5,486 reais.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha variação positiva de 0,05%, a 5,4970 reais, afastando-se da máxima de 5,5285 reais alcançada mais cedo.

Lá fora, o dólar operava nas máximas em mais de duas semanas frente a uma cesta de moedas de países ricos, enquanto um índice de moedas emergentes caía pelo terceiro pregão seguido e para o menor patamar em 15 dias.

Os mercados seguiam tensos sobre os riscos envolvendo tensões aumentadas entre Rússia, Ucrânia, Europa e EUA, depois de Washington ter colocado 8.500 soldados em alerta para eventual ida à Europa em caso de uma escalada na crise na Ucrânia. Moscou disse nesta terça-feira estar observando as movimentações com grande preocupação.

Além disso, investidores mantinham dose de ansiedade sobre o banco central norte-americano (Fed), que começa nesta terça reunião de política monetária que se encerra na quarta, quando o Fed deverá confirmar planos de elevar os juros em março e poderá dar sinais sobre o que pretende fazer com seu balanço patrimonial.

Altas de juros nos EUA costumam minar ativos emergentes, caso do real, mas alguns analistas têm dito que muito está no preço da taxa de câmbio já. Ainda assim, o nervosismo persistia.

(Por José de Castro)