O dólar à vista tem máxima a R$ 4,3770 (+0,45%) no mercado à vista, valor e porcentual de alta iguais aos do dólar futuro março – o que não é normal. O responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem, diz que o fluxo cambial está zerado, há busca de hedge cambial pelo investidor nacional para posições em renda variável e falta de liquidez no mercado à vista em meio à demanda defensiva.

Os motivos da maior demanda são os ruídos internos, como a demora maior que a esperada do envio das reformas administrativa e tributária ao Congresso, e as declarações afrontosas do presidente Jair Bolsonaro à jornalista da Folha, entre outros profissionais da mídia.

Um outro profissional de uma instituição financeira afirma que há especulação negativa em torno da sustentação política do governo Bolsonaro e temor de saída do ministro da Economia, Paulo Guedes, depois que o presidente levantou a lebre sobre a permanência de Guedes na terça-feira.

“O Paulo não pediu para sair, tenho certeza de que de que ele vai continuar conosco até o último dia”, disse o presidente. Mercado espera BC, afirma a fonte.