Dois químicos da Universidade Britânica de Cambridge, que desenvolveram uma técnica ultrarrápida de sequenciamento de DNA, usada em particular, para identificar mutações relacionadas ao COVID-19, ganharam o Prêmio de Tecnologia do Milênio na terça-feira (18), que afirma ser o Nobel do século XXI.

Shankar Balasubramanian e David Klenerman, do Reino Unido, receberam o prêmio de um milhão de euros (1,22 milhão de dólares) por seu trabalho nos últimos 27 anos, que busca encontrar maneiras cada vez mais rápidas e baratas de sequenciar o genoma humano.

Sua tecnologia de sequenciamento de DNA de próxima geração (NGS) “tem enormes benefícios para a sociedade, desde ajudar a combater doenças mortais como covid-19 ou câncer, até compreender melhor as doenças de plantações ou melhorar a produção de alimentos”, afirmou a Academia de Tecnologia da Finlândia em um comunicado.

Duas décadas atrás, a primeira tentativa de “ler” as quase 3,2 bilhões de letras do genoma humano demorou uma década e custou 1 bilhão de dólares. Graças ao NGS, o processo agora pode ser concluído em um dia por apenas US$ 1.000.

Esta tecnologia também é usada para diagnosticar e tratar alguns tipos de câncer e doenças raras.

“Esta é a primeira vez que recebemos um prêmio internacional que reconhece nossa contribuição para o desenvolvimento da tecnologia”, disse Klenerman em um comunicado.

O prêmio, criado em 2004 e concedido a cada dois anos, é apresentado como o equivalente tecnológico dos ganhadores do Prêmio Nobel suecos, com uma recompensa quase equivalente. O prêmio de 2020 foi adiado um ano devido à pandemia.

O Millennium Technology Prize reconhece as inovações recentes, disponíveis ao público em geral, que “melhoram a qualidade de vida das pessoas a longo prazo”.