Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) – O ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro Anderson Torres afirmou nesta quinta-feira que a minuta de decreto para instaurar um “estado de defesa” na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o qual chamou apenas de documento, foi apanhado quando não estava em sua residência na ocasião da busca e apreensão e vazado fora de contexto.

“Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá”, disse Torres no Twitter.

Duas fontes com conhecimento do assunto disseram à Reuters que a Polícia Federal encontrou em uma busca na casa de Torres uma minuta de decreto para instaurar um “estado de defesa” na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de forma a abrir caminho para mudar o resultado da eleição do ano passado.

Segundo Torres, o documento foi “vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim”.

“Fomos o primeiro ministério a entregar os relatórios de gestão para a transição. Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como ministro”, emendou ele, nas postagens.

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