A descoberta de DNA tem sido cada vez mais usada para desvendar crimes. Ao longo do tempo, a tecnologia embarcada nas técnicas evolui. Uma das mais recentes é a genotipagem probabilística, que pega DNA incompleto, muitas vezes em quantidades mínimas, e o executa por meio de softwares que calculam a probabilidade de ser de uma pessoa em particular. Um desses programas, o TrueAllele, foi usado em mais de 850 casos criminais nos últimos 20 anos. Até aí, nenhuma novidade. A polêmica é que ninguém sabe se funciona a ferramenta, porque o código desenvolvido pela empresa americana Cybergenetics é proprietário. Nem laboratórios criminais que usam o software nem funcionários da companhia têm acesso ao código-fonte do programa. E agora dois processos criminais – na Pensilvânia e em Nova Jersey – pediram a entrega dos algoritmos secretos do TrueAllele. A expectativa é para que seja revelado o DNA do software.

(Nota publicada na Edição 1214 da Revista Dinheiro)