Com a ajuda dos desinvestimentos da área de fertilizantes e também pela conclusão do Project Finance de Moçambique, a Vale conseguiu reduzir sua dívida líquida em 35% em um ano para US$ 14,901 bilhões. Em relação ao trimestre imediatamente anterior houve uma redução de 18%.

“O primeiro trimestre de 2018 foi marcado pela desalavancagem, com a dívida líquida no menor nível desde o segundo trimestre de 2011, mesmo pagando US$ 1,4 bilhão de remuneração aos acionistas. No curto prazo, atingiremos a meta de US$ 10 bilhões da dívida líquida, e nosso sólido balanço e forte geração de caixa nos permitirão aumentar substancialmente a remuneração aos acionistas”, destacou, no documento que acompanha o demonstrativo financeiro da companhia, o diretor-executivo Financeiro e de Relações com Investidores da Vale, Luciano Siani Pires.

O indicador de alavancagem da mineradora, medido pela razão da dívida líquida pelo Ebitda, foi a uma vez nos três primeiros meses do ano, ante 1,6 vez no primeiro trimestre de 2017 e de 1,2 vez no último trimestre do ano passado.

No primeiro trimestre do ano, a Vale registrou uma perda financeira de US$ 624 milhões, ante uma perda de US$ 613 milhões no primeiro trimestre de 2017 e de US$ 1,287 bilhão no período imediatamente anterior.

Investimentos

Os investimentos da Vale no primeiro trimestre atingiram US$ 890 milhões, queda de 20% em relação ao visto no mesmo período do ano anterior. Ante o quarto trimestre do ano passado houve queda de 9%.

Segundo o documento que acompanha o demonstrativo financeiro da Vale, o total investido nos três primeiros meses do ano é composto por US$ 361 milhões em execução de projetos e US$ 529 milhões na manutenção das operações.

A Vale frisou que os investimentos previstos no final do ano passado para este ano, de US$ 3,8 bilhões, estão mantidos. O projeto da logística associada ao projeto S11D é o maior destino dos desembolsos.