Apesar dos gastos dos governos para fazer frente à pandemia do novo coronavírus, a dívida pública brasileira desacelerou em maio. Dados divulgados nesta quarta-feira pelo Banco Central mostram que a Dívida Bruta do Governo Geral fechou maio aos R$ 6,696 trilhões, o que representa 84,5% do Produto Interno Bruto (PIB). O porcentual é menor que os 85,6% de abril (dado revisado).

No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.

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Com o aumento de despesas públicas em função da pandemia de covid-19, a expectativa é de que a dívida bruta continue em patamares altos nos próximos meses no Brasil. Este é um dos principais fatores de preocupação dos economistas do mercado financeiro.

A Dívida Bruta do Governo Geral que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.

O BC informou ainda que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) passou de 59,8% (dado revisado) para 59,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em maio. A DLSP atingiu R$ 4,730 trilhões. A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil.