A reunião do Conselho de Administração da Oi, nesta quarta-feira, 25, no Rio de Janeiro, terminou sem a assinatura do Contrato de Suporte do Plano (PSA, na sigla em inglês). O clima ficou quente entre a diretoria da tele e o grupo de Nelson Tanure. Esse documento formalizaria o apoio de seis bondholders, chamado de G6, ao plano de recuperação judicial da Oi, incluindo as garantias de participação no aumento de capital, como quer o grupo de acionistas sob a esfera de Tanure.

Temperatura máxima. Novas discussões para viabilizar o PSA devem acontecer até sexta-feira, 27. Porém, a diretoria da Oi já sinalizou que não assinará o PSA, sob o argumento de que o acordo prevê o pagamento de comissões aos bondholders antes mesmo da própria capitalização, deixando o caixa da empresa desabastecido. Esse ponto também foi duramente criticado por outros credores, pois compromete dívidas e investimentos.

Queda de braço. Em meio ao ambiente de desconfianças, foi aprovada a criação de um comitê para acompanhar de perto a recuperação judicial da Oi, inclusive as conversas da diretoria, em Brasília, com os credores públicos coordenados pela Advocacia Geral da União (AGU). O comitê terá José Mauro Carneiro, Demian Fioca e Luís Palha como conselheiros e, como suplente, Thomas Reichenheim. Procurada, a Oi não comentou.