De acordo com um estudo publicado na revista Sleep Epidemiology, 65,5% dos brasileiros tem sono de má qualidade, além de mostrar que as mulheres tem 10% mais chances de dormir mal que os homens.

Os cientistas brasileiros de diversas instituições de pesquisa do estado de São Paulo analisaram parâmetros como duração (falta ou excesso), regularidade (se há interrupções durante a noite), estados (leve, profundo e REM) e a satisfação referentes ao sono.

+ Cigarro eletrônico aumenta chance de infarto em 42%, diz especialista

O estudo contou com a participação de 2.635 voluntários com mais de 18 anos que responderam ao questionário Indíce de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI). No teste, que tem como pontuação máxima 21 pontos, o resultado mais próximo a zero quer dizer que melhor é o sono da pessoa. Valores superiores a cinco indicam sono ruim.

O resultado médio obtido nos testes coletados entre os dias 16 e 30 de março de 2020 foi de 7,3 indicando que o brasileiro enfrenta problemas em seu sono.

Quartos separados, pior a qualidade do sono

O estudo também levou em consideração os hábitos dos voluntários e o uso do celular antes de dormir diminui a chance de uma boa noite de sono. Outro ponto que chamou a atenção foi que as que pessoas que moram com seu par, mas não dormem na mesma cama ou no mesmo cômodo apresentaram a tendência de dormir pior.

Jovens mais atingidos

A idade também se mostrou um fator de risco para a qualidade do sono. O já citado hábito de usar o celular antes de dormir, o consumo de café e energéticos, além do ritmo acelerado de trabalho e estudo são apontados como os motivos para os mais jovens apresentarem mais problemas para dormir que os mais velhos.