Na “Marina” de Dubai, as viagens a bordo de barcos luxuosos nos lagos artificiais tornaram-se a nova moda em tempos de pandemia no movimentado emirado do Golfo.

Aberta aos turistas desde julho de 2020, a cidade atrai visitantes pelos seus restaurantes e praias, mas também pelos seus iates, num momento em que o distanciamento social permanece em vigor.

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Desde o começo da crise de saúde, Nada Naim saiu ao mar quatro vezes e diz ser mais íntimo, pois está apenas com a sua família e amigos. “Sentimos que podemos respirar. É como se tivessemos saído para fazer uma viagem”, acrescenta a moradora de Dubai que não sai da cidade desde fevereiro de 2020.

Com um horizonte repleto de arranha-céus e de ilhas artificiais, os iates operam a 70% da sua capacidade. As empresas de aluguel constataram um crescente interesse por essa atividade. “As medidas de confinamento foram flexibilizadas, e a situação voltou (quase) à normalidade. As pessoas optaram por algo seguro e de acordo com as regulamentações”, diz Mohamed al Sayed, diretor de uma empresa de aluguel de embarcações, a Royal Star Yachts.

As viagens não são nada baratas. Custam cerca de 4.850 dólares e duram cerca de três horas, isto para um barco de 42 metros de comprimento. O valor é, em geral, compartilhado entre os passageiros a bordo.

Conhecida pela suas torres gigantescas e pela ostentação de luxo, Dubai tem a economia mais diversificada do Golfo, uma região que depende principalmente do petróleo. O centro financeiro, comercial e aeroportuário também desenvolveu um vasto setor turístico, com quase 16 milhões de visitantes por ano antes da pandemia.

Enquanto o país está entre os mais rápidos na sua campanha de vacinação, o fluxo de turistas desde o início do ano permitiu que várias atividades comerciais voltassem a recuperar o seu nível anterior à crise sanitária.