No dia 1º de junho, o presidente do Google no Brasil, Fabio Coelho, publicou um post no blog oficial da empresa em que descreve a ajuda humanitária prestada às vítimas das chuvas que destruíram bairros do Grande Recife e causaram mais de uma centena de mortes em Pernambuco, além de Alagoas. “Diante desse cenário, hoje anunciamos uma doação de US$ 250 mil (aproximadamente R$ 1,2 milhão) por meio do Google.org, braço filantrópico do Google, para apoiar os esforços de socorro e recuperação aos cidadãos afetados na região”, escreveu Coelho. A doação de somas significativas para vítimas de flagelos ou populações que enfrentam vulnerabilidade tem sido recorrente na atuação social da companhia criada em 1998 na Califórnia pelos visionários Larry Page e Sergey Brin. “No ano passado fizemos mais de R$ 150 milhões em doações no Brasil, entre elas as maiores da história das ONGs Gerando Falcões e Amigos do Bem”, afirmou Coelho à DINHEIRO. “O papel do Google é ajudar”.

No caso das chuvas que castigaram o Nordeste brasileiro, a ajuda não se deu apenas em reais. “Ativamos o Alerta de SOS na Busca e Google Maps com o objetivo de levar informações e contatos úteis para a população no Recife”, escreveu Coelho. O Maps passou a exibir as regiões impactadas no momento, inclusive pelo celular. Com atualizações em tempo real da situação do trânsito, ruas intransitáveis e caminhos alternativos, a ferramenta foi essencial para quem estava enfrentando o caos na cidade. Segundo Coelho. Ser “altamente utilitário” é um compromisso assumido pelo Google com as comunidades em que atua. E isso se integra tanto à missão da companhia definida há mais de 20 anos, que é organizar todas as informações disponíveis e torná-las acessíveis a todas as pessoas do planeta, quanto aos valores que ela transmite como marca. Não por acaso, ocupa o primeiro lugar no ranking das marcas globais mais fortes no Brasil elaborado pela DINHEIRO em parceria com as agências TM20, WPP BAV e Superunion. Para o CEO desta última, Marcelo M. Bicudo, “o Google entende o protagonismo que tem dentro da sociedade” e isso se reflete na reputação da marca e na confiança nela depositada. “As mais fortes são aquelas que estão indo além de colocar o cliente no centro. Elas colocam as pessoas no centro.”

Para o Google, “ajudar” é um princípio, um valor que perpassa toda a sua atividade. Nas palavras do presidente: “O que entendemos como ajuda ocorre permitindo que cidadãos possam se conectar várias vezes por dia para buscar o que quer que seja”. Isso inclui estudar, trabalhar, tomar melhores decisões em escolhas que vão do entretenimento aos deslocamentos. E, claro, fazer negócios. “Permitimos que as empresas e seus interlocutores possam se beneficiar desses ecossistemas de produção e geração de conteúdo, com exposição de marcas e promoção de seus objetivos comerciais”, afirmou Coelho. “As nossas plataformas entregam excelente valor para os anunciantes.” Segundo ele, quando se constrói confiança e relacionamentos saudáveis com clientes e parceiros, o resultado aparece para todos. “Nós trabalhamos para interpretar necessidades e conectar empresas e cidadãos de forma a atender interesses tanto do lado da oferta quanto do consumo.” Para o CEO da Superunion, o Google não só entende o protagonismo que tem dentro da sociedade como atua para reforçar a percepção de sua responsabilidade.

JORNALISMO Um exemplo disso é o apoio da organização ao jornalismo convencional. Também em seu blog, Coelho escreveu no início de junho: “Tenho orgulho de dizer que fechamos acordo com um total de mais de 100 publicações brasileiras, de todos os tamanhos e com base em 19 estados e no Distrito Federal, fazendo do Google Destaques um dos maiores programas de remuneração por notícias do Brasil”. Lançado em outubro de 2020, o Google Destaque paga aos veículos pela seleção do conteúdo exibido em painéis no Google Notícias e no Discover. Segundo Bicudo, ao reverter parte da receita para provedores de conteúdo, a empresa demonstra sua responsabilidade com a disrupção que provocou na cadeia da informação. Para Coelho, fomentar o ecossistema do jornalismo “é algo que empodera e promove uma sociedade democrática, onde o debate faz parte, o contraditório existe e a pluralidade de pontos de vista tem de ser respeitada.”

E se tudo isso ajuda o Google a ser a marca global mais forte no Brasil por estar introjetado na cultura da empresa, é bem provável que pese também na reputação e confiança atribuídos a outras bandeiras que pertencem ao conglomerado Alphabet. Na lista das dez marcas globais mais fortes no Brasil em 2022 aparecem ainda YouTube (na segunda posição) e Android (oitava). “Toda vez que a gente recebe um reconhecimento, há um misto de satisfação e preocupação”, disse Coelho. “Queremos continuar evoluindo na qualidade da nossa entrega para um mercado que fica a cada dia mais exigente. É uma preocupação saudável.”

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