Por Alan Baldwin

LONDRES (Reuters) – A Red Bull tem batalhado contra mais “politicagem” de bastidores do que nunca nesta temporada da Fórmula 1, na qual a equipe austríaca tenta destronar a Mercedes e o heptacampeão mundial Lewis Hamilton, segundo o diretor-técnico Adrian Newey.

A Red Bull esteve envolvida na amarga controvérsia das “asas flexíveis” que levou a Federação Internacional do Automobilismo a emitir uma diretiva técnica e introduzir testes de deflexão de carga mais rigorosos nas asas traseiras.

Também houve muitos insultos e trocas de farpas entre o chefe de equipe, Christian Horner, e o seu correspondente na Mercedes, Toto Wolff. A Red Bull recrutou especialistas de motores da fabricante alemã para planejar o seu próprio propulsor.

Newey, que projetou uma série de carros campeões em suas décadas no esporte, afirmou que de muitas maneiras é um elogio que a equipe esteja sendo observada tão de perto pelos seus adversários.

“Passamos por isso antes, mas eu não lembro um momento em que tivemos o mesmo nível de politicagem e lobbying de bastidores contra nosso carro”, disse, ao site da equipe.

A Red Bull venceu os dois Mundiais – de pilotos e construtores – por quatro anos consecutivos, entre 2010 e 2013, e também foi muito inspecionada naquela época.

“É a natureza da Fórmula 1, e uma das coisas que a torna tão empolgante, mas é a frequência e a intensidade deste ano que dizem muita coisa”, afirmou Newey.

Nesta temporada, a Red Bull venceu seis corridas, e a Mercedes, quatro. O jovem holandês Max Verstappen levou cinco dessas e Hamilton conquistou todas da sua equipe.