A incorporadora mineira Direcional Engenharia anunciou nesta quarta-feira, 29, o lançamento do maior empreendimento já realizado pela companhia. Batizado de Pátio Central, o projeto fica no Cambuci, zona central de São Paulo, e será composto por um total de 35 torres residenciais e 5,5 mil unidades. Cerca de 60% das moradias serão enquadradas nas faixas 2 e 3 do Minha Casa Minha Vida e 40% serão apartamentos de médio padrão.

O projeto será desenvolvido em duas fases. A primeira delas terá 2 mil unidades, divididas em seis lotes. Os quatro primeiros lotes da fase 1 estão em vias de lançamento, com 1,2 mil unidades e um valor geral de vendas (VGV) de R$ 240 milhões. Os dois lotes restantes da fase 1 serão lançados mais adiante. A incorporadora prevê concluir os lançamentos dos seis lotes da primeira fase até o fim de 2019, dependendo do ritmo de comercialização. As obras da primeira etapa deverão consumir aproximadamente R$ 150 milhões.

Já a segunda fase do projeto englobará as demais 3,5 mil unidades e ainda está em fase de licenciamento junto à Prefeitura de São Paulo, sem prazo para lançamento ou estimativa de valor geral de vendas pela companhia.

O Pátio Central é uma sociedade em que a Direcional detém participação de 35%, enquanto os 65% restantes são de um fundo de investimento da gestora de recursos GTIS. O terreno na região central de São Paulo pertencia à Eletropaulo e foi adquirido pela GTIS em 2012. A partir daí, o processo de licenciamento da primeira etapa do projeto levou seis anos.

O diretor comercial e de incorporação da Direcional, Paulo Assis, avalia que a demanda por moradias populares continua consistente e sustentada por boas condições de acesso dos consumidores ao financiamento para aquisição dos imóveis. “Mesmo em meio à crise, essa parte da população é a que sofre com o déficit habitacional e parte para a compra do imóvel porque o programa Minha Casa Minha Vida garante boas condições de pagamento”, disse o executivo, durante apresentação à imprensa. Ele complementou que a companhia mantém a confiança na continuidade do programa habitacional no longo prazo, apesar de mudanças no governo federal. “Acreditamos que o Minha Casa é um programa perene, independente do cunho político do governo.”

O executivo estimou ainda que a margem bruta do empreendimento seja semelhante à dos demais projetos da companhia dentro do MCMV. Embora a escala da obra permita a diluição de custos operacionais, disse ele, houve um gasto maior com a aquisição do terreno localizado em uma área central da capital paulista.