Transformar assuntos áridos, como os acordos com o FMI e as variações dos ativos financeiros, em informação permeável e agradável de se ler; vestir números frios com notícia quente e exclusiva; traduzir os grandes lances dos homens de negócio em histórias de sucesso, tudo isso em uma embalagem moderna e arejada. Com essa fórmula, a revista DINHEIRO, que acaba de completar cinco anos, arrebatou o Caboré, prêmio entregue anualmente aos melhores da comunicação. Na semana passada, em uma festa que reuniu o grand monde editorial e publicitário do País, DINHEIRO recebeu, junto com a estatueta do Caboré, a sábia coruja que vive no Norte do Brasil, o aval e os aplausos do mercado, que a elegeu o Veículo do Ano na categoria Mídia Impressa. É a segunda vez que a Editora Três é agraciada. Na versão de 1995 do Caboré, a revista ISTOÉ foi a escolhida para receber a estatueta.

Em sua edição atual, a 23a, o Caboré, como sempre, foi disputadíssimo. 

Não apenas a premiação em si como
a festa de entrega da estatueta. Um
mês antes do evento, que aconteceu
na noite de quarta-feira 4, Dia Mundial da Propaganda, os ingressos já estavam
esgotados. Cerca de 1.300 pessoas lotaram o Credicard Hall, casa de espetáculos de São Paulo, por onde circulavam os pesos pesados da indústria de comunicação. O prêmio, além de cobiçado, é absolutamente democrático. Uma comissão formada por profissionais do jornal Meio & Mensagem, organizador do evento, escolhe três concorrentes para cada uma das 12 categorias. A eleição fica por conta dos assinantes do Meio & Mensagem (este ano foram cerca de 2,6 mil votantes).

 

DINHEIRO, que pertence à Editora Três, concorreu com o jornal carioca Extra, das Organizações Globo, e com a revista Vogue, da Carta Editorial. ?Esse reconhecimento do mercado é muito importante para nós, principalmente neste ano em que a Editora Três comemora seus 30 anos?, afirmou o editor e diretor responsável, Domingo Alzugaray, ao receber o prêmio. Alzugaray aproveitou o momento para fazer um importante anúncio ao mercado: ?Pretendo lançar uma nova revista semanal no próximo ano.? Segundo ele, ganhar o Caboré, pela segunda vez, é uma injeção de ânimo. ?Um estímulo para continuarmos fazendo revistas?, disse Alzugaray.

Como Veículo do Ano, a DINHEIRO esteve muito bem acompanhada. O Caboré 2002 para anunciante foi para o Banco do Brasil. Eduardo Fischer, presidente do Grupo Total, foi eleito o empresário do ano da indústria de comunicação. A Neogama BBH, de Alexandre Gama, foi a primeira a levar o Caboré de Agência do Ano com apenas três anos de vida. A votação direta escolheu a MTV Brasil como Veículo de Comunicação do Ano, na categoria Mídia eletrônica. Todo o processo de votação do Caboré foi auditado pela consultoria Pricewaterhouse Coopers. A empresa garantiu o sigilo absoluto dos resultados até o momento da cerimônia.

De acordo com o presidente do grupo Meio & Mensagem, José Carlos de Salles Gomes Neto. O prêmio deste ano tem um mérito ainda maior: ?Foi um ano difícil e, mesmo assim, a DINHEIRO cresceu em um mercado que já era bem disputado antes mesmo do seu surgimento?. A análise de Salles Neto é avalizada por Carlos Alzugaray, diretor executivo da Editora Três. ?Em 2002, faturamos 15% mais com a venda de espaços publicitários do que em relação ao ano anterior, e crescemos quase 10% em circulação?, afirmou Alzugaray. Segundo ele, a conquista do Caboré simboliza o sucesso da DINHEIRO, que se tornou a principal revista de economia e negócios do País. Com uma equipe formada por 50 profissionais, entre jornalistas, fotógrafos e designers gráficos, a DINHEIRO é a segunda maior receita da Editora Três, atrás da IstoÉ. Além disso, foi a única revista semanal do País a dar lucro desde a sua primeira edição. ?A DINHEIRO nasceu há cinco anos, fruto de um sonho de Domingo Alzugaray. Esse prêmio reconhece o valor desse sonho que virou uma doce realidade?, afirmou Carlos José Marques, diretor de redação da DINHEIRO.