O dia 13 de julho permite iniciar um texto com o bordão consagrado por Christiane Torloni no Rock in Rio IV, em 2011: “Hoje é dia de rock, bebê”. A data ganhou a conotação internacional em 13 de julho de 1985, quando o Live Aid reuniu diversos artistas (Queen, David Bowie, Paul McCartney, Black Sabbath, Dire Straits, Eric Clapton, Led Zeppelin no primeiro show sem John Bonham, entre outros) em um concerto para arrecadar fundos para a crise humanitária na Etiópia.

Para homenagear o dia internacional do rock, a IstoÉ Dinheiro listou cinco documentários recentes sobre o estilo musical que revolucionou o mundo com guitarras, rebeldia e contracultura a partir dos anos 60. Confira:

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1 – Jim Morrison
Ainda sem título definido, o documentário sobre o lendário vocalista do The Doors é produzido por Jeff Jampol, da Jampol Artist Management, empresa que gerencia os legados da banda californiana, Janis Japolin e Charlie Parker. A promessa é de levar a público vídeos caseiros do artista e textos de diários pessoais que foram divulgados pela primeira vez no livro “The Collected Works of Jim Morrison: Poetry, Journals, Transcripts, and Lyrics” recém-lançado nos Estados Unidos que contém rascunhos de músicas deixadas por Morrison antes de sua morte, em 3 de julho de 1971. A coprodução é do estúdio independente Gunpowder & Sky.

2 – The Velvet Underground
A história da banda liderada por Lou Reed e produzida por Andy Warhol em Nova York foi apresentado nesta semana na 74ª edição do Festival de Cinema de Cannes, que dura até 17 de julho na França. Com lançamento mundial previsto para outubro na Apple TV, o filme apresenta imagens raras da banda, algumas captadas por Warhol e pela viúva de Reed, Laurie Anderson, com trechos de apresentações inéditas recortadas por entrevistas diversas, inclusive com John Cale, hoje com 79 anos, e com a cantora alemã Nico.

O Velvet Underground foi uma das bandas que mais influenciaram o rock nos anos 60 e possibilitou o surgimento do “glam rock” e amadureceu o movimento punk nos Estados Unidos, que surgiria da base de contracultura deixada pelo legado beat e da “pop art” de Warhol.

3 – “Erasmo 80”
O Tremendão celebra seus 80 anos com o documentário que estreou no primeiro fim de semana deste mês na Globoplay. A produção do filme foi feita pela equipe do programa “Conversa com Bial” e aborda a amizade com Roberto Carlos e Wanderléa no contexto da Jovem Guarda, o início na banda Turma da Tijuca, no fim dos anos 50 ao lado de Jorge Ben Jor, sua passagem pelos grupos The Snakes e Renato e seus Blue Caps. Erasmo possui mais de 30 álbuns e 768 músicas gravadas e já foi homenageado pelo longa de ficção “Minha Fama de Mau”. Ainda há um outro documentário sobre o cantor em produção – um curta produzido pela cineasta Sandra Werneck.

4 – “Secos & Molhados”
Um dos principais nomes do rock brasileiro nos anos 70 é explorado neste documentário de Otávio Juliano. A história da banda é narrada de maneira inédita por João Ricardo, criador da banda, que comenta as polêmicas e brigas que motivaram a saída de Ney Matogrosso em agosto de 1974. O filme estreou entre os dias 16 e 27 de junho, com sessões online e gratuitas, na 13ª edição do In-Edit Brasil, festival que reúne documentários musicais.

5 – “Você Não Sabe Quem eu Sou”
O documentário de Alexandre Petillo, Rodrigo Cardoso e Rogério Corrêa conta as histórias e brigas de Nasi, vocalista da banda paulistana Ira! O filme acompanhou o polêmico cantor por quatro anos para mergulhar no personagem e acompanhou o processo que o levou a fazer as pazes com o guitarrista Edgard Scandurra – a banda acabou em 2007 depois de muita briga. O filme estreou no In-Edit de 2018, mas ganhou neste ano uma nova versão mais completa.