É “quase certo” que vai aparecer uma variante do SARS-CoV-2 capaz de levar as vacinas atualmente em uso a falharem. A análise é de um grupo de acadêmicos britânicos publicada no Grupo Científico de Aconselhamento para Emergências(SAGE) e ainda não foi revista pelos pares.

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A pesquisa ainda está no início e é apenas teórica, ou seja, não há qualquer prova de uma variante desse nível esteja já esta circulação. Mas os cientistas estão convencidos da sua previsão e a base, essa, é a que já é cientificamente assumida: a erradicação do vírus é pouco provável e é certo que vão continuar a aparecer variantes.

Estes cientistas recomendam às autoridades que se continue a reduzir a transmissão do vírus tanto quanto possível para evitar esta hipótese de uma variante resistente à vacinação e sugerem que as pesquisas para novas vacinas se foquem não só em evitar a doença grave e a hospitalização como também em “induzir níveis elevados e duradouros de imunidade”.

O objetivo deve ser, dizem, “reduzir a infeção e a transmissão (por parte) de indivíduos vacinados”, uma vez que algumas variantes que apareceram nos últimos meses “mostram uma suscetibilidade reduzida à imunidade adquirida através das vacinas, apesar de nenhuma parecer conseguir escapar inteiramente” a essa proteção. Mas o documento alerta que estas variantes surgiram antes de a vacinação estar generalizada. Agora, “vai aumentar a vantagem de transmissibilidade alcançada por um vírus que pode se evadir à imunidade adquirida pela vacina”.