Não é apenas para carros autônomos e a softwares que a inteligência artificial existe. Cada vez mais a tecnologia está sendo usada para desenvolver comidas e bebidas, como o NotMayo, iniciativa chilena que cria maionese vegana com textura e sabor das maioneses que utilizam ingredientes de origem animal e que animou Jeff Bezos a fazer seu primeiro investimento em uma startup da América do Sul.

Depois da maionese “feita por computadores”, foi a vez da destilaria sueca Mackmyra Whisky em parceria com a Microsoft e a empresa de tecnologia Fourkind, criar um whisky através de inteligência artificial. Através de um banco de dados que compilou todas as receitas da Mackmyra, dados de vendas, preferência dos consumidores e prêmios, a IA gerou mais de 70 milhões de receitas que julgou que seriam populares caso fossem ao mercado unindo-as aos diferentes tipos de barris para envelhecimento da bebida.

A quantidade de fatores de levam a criação de um bom whisky é um dos principais questões da experiência, uma vez que o tempo mínimo de espera para a bebida ficar “pronta” é de 12 anos, sendo três anos para que o processo de destilação seja completo.

O papel da Microsoft no processo foi criar um sistema que conseguisse prever as infinitas permutações que o whisky passa até ficar pronta para ser engarrafada através de inteligência artificial. O sistema foi “treinado” pela chefe de destilaria da casa, Angela D’Orazio, que enxerga no processo parte do “desenvolvimento digital” da marca. O problema é que só saberemos o resultado de toda essa experiência há três anos.