(Reuters) – A temporada de leilões de arte do outono nos Estados Unidos começará em Nova York na próxima semana, com as casas de leilões Christie’s e Sotheby’s esperando realizar vendas recordes.

Entre os destaques está a Coleção Paul G. Allen, da Christie’s, que inclui mais de 150 peças que se estendem por 500 anos. A coleção, oriunda do patrimônio do falecido cofundador da Microsoft, inclui obras de Pablo Picasso, Georges Seurat, Paul Cezanne e Lucien Freud.

“Muitas das obras da coleção devem ser recordes para os artistas. Muitas delas, na verdade, foram recordes para os artistas na época em que foram compradas por Paul Allen em leilões anteriores, sendo o Freud uma delas”, disse a vice-presidente da Christie’s Johanna Flaum.

“Estamos esperando recordes para Seurat, Cezanne, muitas das obras-primas dentro da coleção, acrescentou.

A coleção, estimada em 1 bilhão de dólares, será vendida em dois leilões ao vivo da Christie’s no Rockefeller Center, nos dias 9 e 10 de novembro.

Em 17 de novembro, a Christie’s realizará uma venda noturna de obras de arte do século 21 com destaques que incluem o quadro “Sugar Ray Robinson” de Jean-Michel Basquiat, um retrato do lendário boxeador.

“Nossa estimativa está na casa dos 35 milhões de dólares. Esta pintura é uma obra-prima absoluta da artista”, disse a chefe da venda noturna do século 21 de Christie’s, Isabella Lauria.

A Sotheby’s, por sua vez, espera bater recordes com a “Composição nº II” de Piet Mondrian, estimada em mais de 50 milhões de dólares, e “Desastre Branco”, de Andy Warhol.

“O Warhol está estimado em mais de 80 milhões de dólares. Foram apenas três ‘Desastres’ em grande escala a serem comercializados nos últimos 20 anos, e cada vez que um deles surgiu –em 2007 e 2013– foi restabelecido o recorde de leilão para Andy Warhol”, disse o chefe de Arte Contemporânea para as Américas da Sotheby’s, David Galperin.

O Leilão Noturno de Arte Moderna da Sotheby’s será realizado em 14 de novembro, seguido de um Leilão Noturno de Arte Contemporânea em 16 de novembro.

“Há tantas obras incríveis em oferta”, disse o chefe da Sotheby’s para arte impressionista e moderna para as Américas, Julian Dawes. “Eu certamente sinto que veremos um mercado muito forte neste outono”.

(Reportagem de Andrew Hofstetter e Christine Kiernan)

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