A América do Sul diminuiu o ritmo da perda de suas florestas na última década – aponta um relatório divulgado nesta quinta-feira (7) pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Embora tenha registrado uma das maiores taxas anuais de perda líquida de florestas (2,6 milhões de hectares), perdendo apenas para a África, a região reduziu seu ritmo de desmatamento.

Assim, segundo cálculos da FAO, o ritmo de desaparecimento das florestas sul-americanas diminuiu por volta da metade na década 2010-2020, em comparação com o período 2000-2010.

Na direção contrária, a agência da ONU relata que o desaparecimento de florestas na África acelerou entre esses dois períodos, passando de 3,4 para 3,9 milhões de hectares a menos a cada ano.

“São notícias muito ruins” para o continente africano, comentou Anne Branthomme, especialista da organização, que explica esses números pelo “crescimento demográfico”.

A Ásia, por sua vez, teve o maior aumento líquido de superfície florestal no período 2010-2020, seguida pela Oceania e pela Europa.

Em nível mundial, a FAO calcula que o ritmo de perda de florestas tenha diminuído de 7,8 milhões de hectares anuais na década de 1990 para 4,7 milhões entre 2010 e 2020.

Desde 1990, o mundo perdeu 178 milhões de hectares de florestas, ou seja, uma área equivalente às dimensões do Chile e da Bolívia juntos.