O apetite das motosserras na floresta amazônica segue insaciável. Segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), outubro foi mais um mês de avanço expressivo no número da área desmatada na Amazônia Legal, região composta por nove estados do País – Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. No período retratado, houve desmatamento de 583 km² na região, índice 212% superior em relação ao mesmo período de 2018, quando o sistema de alertas do instituto identificou 187 km² de floresta derrubada. O Pará concentra a maior taxa de desmatamento (59%) dentre os estados da região, com 342 km². É seguido por Mato Grosso (14%) e Rondônia (10%). Se levado em consideração a proporção de desmatamento e degradação por estado, no entanto, o quadro é um pouco diferente. Dessa forma, o Mato Grosso é quem lidera, com 74% de área proporcional degradada. Em outubro, a maioria do desmatamento (54%) ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante foi registrado em assentamentos (32%), unidades de conservação (7%) e terras indígenas (7%).

(Nota publicada na Edição 1150 da Revista Dinheiro)