Chega até a ser irritante ligar para alguma assistência técnica e escutar para ligar e desligar o aparelho para consertar o problema, método que funciona diversas vezes, causando aquele misto de sensações que vão do irritante ao trivial. Mas saiba que você não é o único a usar do recurso.

Há duas semanas, o telescópio Hubble entrou em modo de segurança por conta de falha em um de seus giroscópios. Em comunicado a imprensa, a NASA afirmou que uma das hélices estava rodando em velocidade acima do comum. Como a peça é usada para medir a velocidade do satélite artificial e ajudar em eventuais manobras e correções de rota, era vital sua manutenção.

O problema nasceu após a NASA ligar, após 7 anos e meio, um terceiro giroscópio, que apresentou problemas de super rotação. Para resolver a questão, a agência espacial americana desligou a peça por um segundo para depois ligá-la novamente antes que ela parasse por completo. A segunda fase da manutenção foi movimentar o Hubble para tirar qualquer tipo de bloqueio dentro e fora do telescópio.

“Em 18 de outubro, a equipe de operações do Hubble comandou uma série de manobras, ou curvas, de espaçonave em direções opostas para tentar limpar qualquer bloqueio que pudesse ter causado o desalinhamento do flutuador e produzido velocidades extremamente altas. Durante cada manobra, o giroscópio foi mudado do modo alto para o modo baixo de forma a desalojar qualquer bloqueio que possa ter se acumulado ao redor do flutuador”, explicou a NASA em nota.

Apesar dos termos técnicos e da complexidade de realizar manutenção de uma peça no espaço, é impossível não associar o método a tentativa de limpar uma impressora: primeiro você desliga o sistema, depois você tira dele qualquer coisa que faça o aparelho atolar e não funcionar normalmente. As vezes as soluções são mais simples do que se imagina.