O desemprego na zona do euro ficou em 7,8% em junho, um mês marcado pelo avanço do desconfinamento na Europa – disse o Eurostat nesta quinta-feira (30), que também levou em consideração dados trimestrais do mercado de trabalho para poder avaliar o impacto do coronavírus.

Assim, o percentual de desempregados aumentou um décimo, até 7,8% em junho, em relação aos dados revistos do mês anterior. Hoje, há cerca de 12,7 milhões de desempregados nos 19 países do euro, segundo o Escritório Europeu de Estatísticas.

Depois de atingir 12,1% em meados de 2013, em meio à crise da dívida, o desemprego se recuperou gradualmente, mas a recessão estimada para 2020 deve voltar a destruir empregos.

A Comissão Europeia prevê um índice de desemprego de 9,6% para este ano.

Por país, Alemanha e Malta registraram o menor número de desempregados em maio (4,2%), enquanto a Espanha apresentou o percentual mais elevado em junho, com 15,6%, seguida da Grécia (15,5%, segundo números de abril).

O percentual de menores de 25 anos sem emprego progride meio ponto, até 17% em junho, nos 19 países do euro. Essa taxa aumenta para 40,8% no caso da Espanha.

Por sexo, o percentual de homens desempregados aumentou um décimo, a 7,4% em junho, quase um ponto a menos do que o das mulheres, que ficou em 8,3% (+0,2).

Os dados do Eurostat são baseados nos critérios do Escritório Internacional do Trabalho: pessoas que procuraram ativamente emprego nas quatro semanas anteriores e estão disponíveis para trabalhar nas duas semanas seguintes.

O confinamento fez uma grande parte dos inscritos nos serviços de desemprego não cumprir os requisitos, de modo que, para “refletir completamente” a situação, o Eurostat completou suas informações com dados trimestrais sobre o mercado de trabalho.