O Brasil atingiu a marca de 14,4% de pessoas desempregadas no trimestre encerrado em agosto, a maior marca da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), responsável por calcar a desocupação oficial desde 2012.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) isso representa mais de 13,8 milhões de pessoas na busca por um reposicionamento no mercado de trabalho.

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No trimestre anterior, encerrado em maio, o desemprego no Brasil era de 12,9% e em fevereiro a taxa registrava 11,6%.

Vale lembrar que o número de desempregados no País deve ser muito maior que o apontado pela Pnad Contínua, já que o IBGE só considera desocupado quem está procurando emprego. No atual cenário influencia o isolamento social e o auxílio emergencial, que fizeram com que muitas pessoas deixassem de buscar uma volta ao mercado de trabalho.

Nesse sentido, o número de desalentados, ou seja, aqueles que desistiram de procurar uma vaga, chegou a 5,9 milhões, alta de 8,1% em relação ao trimestre anterior e 24,2% na comparação com o mesmo período de 2019.

Enquanto isso, a população ocupada chegou a 81,7 milhões, a menor da série histórica e caiu 5% em relação ao trimestre anterior. Já a informalidade cresceu e chegou a 38% (31 milhões de informais). Na comparação com o mesmo período de 2019, a informalidade explodiu e teve alta de 41,4%.

Entre os subutilizados, calculados feito entre os trabalhadores desempregados, os que trabalham menos do que poderiam, aqueles que procuravam emprego na semana da pesquisa mas não estavam disponíveis para assumir a vaga e também aqueles que não procuravam emprego mas estavam disponíveis, a taxa chegou a 30,6% (33,3 milhões de pessoas).