Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) – A desconfiança em relação às declarações do presidente Jair Bolsonaro oscilou positivamente em setembro e bateu o maior patamar já registrado em seu mandato, apontou pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo.

O índice dos que responderam que nunca confiam no que é dito pelo presidente chegou a 57%, enquanto em julho, esse grupo respondia por 55%. Outros 15% afirmaram sempre confiar nas declarações de Bolsonaro e 28% disseram que às vezes confiam, parcelas que se mantiveram estáveis desde a pesquisa de julho.

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Bolsonaro intensificou a carga retórica com declarações polêmicas e muitas vezes enganosas, seja questionando a idoneidade das eleições, seja atacando outros Poderes e integrantes de tribunais, além de colocar em dúvida a eficácia de vacinas contra a Covid-19.

A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 15 de setembro, portanto depois dos atos convocados pelo presidente para o 7 de Setembro, em que além de reforçar seus ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou que não cumpriria decisões judiciais.

Dias depois, diante da repercussão negativa dos atos e das falas, Bolsonaro sinalizou disposição ao diálogo ao divulgar nota em que dizia respeitar as instituições e jamais ter tido a intenção de agredí-las.

O Datafolha entrevistou presencialmente 3.667 pessoas em todo o Brasil. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.

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