Dentre os grupos minorizados, um dos primeiros a ser olhado pelas corporações, por força de lei, foi o de Pessoas com Deficiência (PCDs).

Decretado em 2015, o Estatuto da Pessoa com Deficiência foi um marco no movimento de inclusão ao garantir cotas para essa população. Mas decorridos sete anos ainda há desafios importantes.

De acordo com a pesquisa Pessoas com Deficiência e Empregabilidade realizada pela Noz Inteligência, das 3.730 pessoas com deficiência e/ou com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) entrevistadas 51,7% possuem vínculo empregatício com carteira assinada e mais 8,1% estão ocupadas, seja por meio de estágio, contratos PJ ou como servidores públicos.

Da amostra, no entanto, 31,3% estão desempregadas e à procura de uma ocupação profissional. Dentro desse recorte, 10% nunca atuaram profissionalmente sendo que 61% afirmaram faltar vagas e oportunidades, 59% estavam estudando e agora buscam o primeiro emprego e 38% citaram preconceito. A taxa pode até parecer nem tão grave assim, mas há outro lado capaz de ilustrar o desafio: de quantos CEOs PCDs você se lembra? A tarefa é difícil.

Fabio X

(Nota publicada na edição 1303 da Revista Dinheiro)