A Câmara dos Deputados decidiu nesta terça-feira (10) rejeitar e arquivar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que propunha o voto impresso em eleições, plebiscitos e referendos. O resultado representa uma derrota para o presidente Jair Bolsonaro, defensor da ideia.

Por 229 votos a favor e 218 contra, plenário rejeitou PEC horas depois da micareta militar, com veículos blindados passando pela Praça dos Três Poderes.

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Por se tratar de uma PEC, seriam necessários no mínimo 308 votos a favor para enviar o texto ao Senado. Daqui a pouco, o texto será votado de novo, em 2º turno.

A votação ocorreu horas depois da micareta militar, com veículos blindados passando pela Praça dos Três Poderes.

Os líderes do Governo e do PSL, Ricardo Barros (PP-PR) e Vitor Hugo (PSL-GO), tentaram evitar o encerramento do debate, mas não conseguiram. Em outro esforço, tentaram adiar a discussão, mas o deputado federal Bohn Gass (PT-RS) lembrou a Lira que o regimento não prevê adiamento quando não há modificações no texto. Também foi aprovado, contra a vontade do PSL e do governo, um requerimento para votar a PEC em dois turnos de uma só vez.