Um estudo para levantar os riscos de a depressão causar doenças mentais revelou que a enfermidade aumentou a probabilidade de demência em 51%. O levantamento, publicado na revista Biological Psychiatry, analisou os registros de saúde de 500 mil pessoas no Reino Unido.

Nessa região noroeste da Europa atualmente há aproximadamente 850 mil pessoas com demência e a expectativa é a de que esse número chegue a um milhão em uma década.

+Bloqueio de R$ 2,6 bilhões do governo atinge Saúde e Desenvolvimento Regional

O estudo sugeriu que o grau de risco dependia da gravidade da depressão. Os que tinham maior risco eram aqueles com depressão crônica, com humor deprimido, que dura semanas ou meses e afeta a vida diária; ou depressão que aumentou em gravidade ao longo do tempo.

Já os que tinham depressão leve a moderada, que diminuiu ao longo da vida, não apresentaram maior risco de demência do que os participantes sem depressão. Ainda não há tratamento eficaz para combater a doença, apesar de a enfermidade ser considerada o maior assassino individual entre os britânicos.

De forma geral, as pessoas que participaram do estudo e que estavam deprimidas receberam tratamento para o mau humor e houve redução do risco de demência em comparação às pessoas não tratadas em aproximadamente 30%.

O tratamento contra a demência pode ajudar no retardo da progressão da doença, e tratar a causa subjacente para ajudar a prevenir outros problemas, como acidentes vasculares cerebrais, é o principal objetivo. Mas, de acordo com os pesquisadores, não há tratamento específico contra a enfermidade e nenhuma maneira de reverter o dano ao cérebro que já ocorreu.

Ainda segundo os pesquisadores, remédios e alterações no estilo de vida devem ser incentivados, o que inclui alimentação saudável, perda de peso, se houver necessidade, entrar em forma, parar de fumar e diminuir o consumo de bebidas alcoólicas.

Atividades como fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional também trazem benefícios. Entretanto, mesmo com o tratamento a demência pode reduzir de maneira significativa a expectativa de vida.