Passados três anos desde seu último pagamento de dividendos a seus acionistas, a Usiminas terminou 2017 no azul e voltou ao grupo das distribuidoras de proventos. O valor de R$ 55,3 milhões que será pago no início deste ano, referente ao exercício de 2017, ainda está aquém do montante já visto no passado, mas já marca o fim do período de crise da companhia que quase a levou a enfrentar uma recuperação judicial.

No ano passado, a siderúrgica mineira reverteu o prejuízo de R$ 577 milhões, registrado em 2016, para um lucro líquido de R$ 315 milhões. Já a receita líquida da companhia subiu 27%, para R$ 10,734 bilhões.

Além de deixar a crise financeira para trás, em 2018 a Usiminas entrou também comemorando um acordo há muito tempo esperado entre as sócias controladoras da siderúrgica, Ternium e Nippon Steel, firmado no início de fevereiro, encerrando uma das maiores disputas societárias já vistas no Brasil e que colocou a Usiminas em pé de guerra.

E o panorama à vista se mostra otimista. As projeções para o setor do aço que estão na mesa, ao menos até aqui, mostram um cenário de melhora, com números para cima. As estimativas apontam para maior consumo de aço no Brasil, o que deve garantir melhores margens para as siderúrgicas. Se confirmado, a tendência, segundo analistas, é de melhores resultados e aumento gradual dos dividendos.