Os planos do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de financiar um plano de quase US$ 5 trilhões para fortalecer a maior economia do mundo avançaram no Congresso depois que os líderes democratas chegaram a um acordo com os centristas nesta terça-feira (24) para encerrar a disputa que ameaçava os projetos de lei.

Biden e seus colegas democratas que controlam a Câmara Baixa pressionam para a aprovação de uma reforma de US$ 1,2 trilhão na infraestrutura do país e um projeto de lei de investimentos de 10 anos no valor de US$ 3,5 trilhões que focaria na melhoria da educação, saúde e resistência às mudanças climáticas.

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Embora o projeto de infraestrutura já tenha sido aprovado no Senado com alguns votos republicanos, os democratas não encontraram apoio da oposição para o segundo projeto maior e planejavam aprová-lo apenas com seus votos – uma tarefa difícil, dada sua estreita maioria em ambas as câmaras do Congresso.

A disputa estourou quando democratas de centro na Câmara dos Representantes disseram que o projeto de infraestrutura deve ser votado primeiro, mas, nesta terça-feira, os legisladores apoiaram uma resolução de compromisso que levaria o projeto à votação em cerca de um mês.

“Me comprometo a aprovar o projeto de infraestrutura bipartidário até 27 de setembro. Faço isso com o compromisso de reunir o apoio democrata na Câmara para a aprovação”, declarou a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, em um comunicado.

A resolução abre caminho para futuras negociações sobre a iniciativa de US$ 3,5 trilhões com a meta de ser aprovada até 15 de setembro.

Os democratas não podem se permitir perder votos no Senado, onde dois de seus legisladores já disseram que votarão contra o projeto a menos que o valor total seja reduzido.

As votações finais sobre os projetos não são esperadas até o próximo mês ou, o mais tardar, no outono.

O projeto de infraestrutura inclui US$ 550 bilhões em novos gastos e visa revitalizar e expandir as redes de estradas, trens e pontes e expandir o acesso à banda larga em todo o país.