A demanda de transporte aéreo de carga da América Latina em janeiro aumentou 1,4% e seguiu no caminho oposto da média global, que encolheu 3,3%. Ambos resultados são comparações com igual período do ano passado.

Segundo relatório da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), o coronavírus teve um pequeno impacto negativo da procura mundial deste tipo de serviço. Para a entidade, em 2020, o Ano Novo Lunar Chinês ocorreu antes do que em 2019. Isso distorceu os números de 2020, mostrando um resultado fraco, pois muitos fabricantes chineses estariam fechados durante o período deste feriado.

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Porém, na América Latina, os volumes de carga com ajuste sazonal aumentaram devido a novas conexões de rotas, o que é um desenvolvimento positivo para as transportadoras da região. A capacidade aumentou 2,4% em relação ao ano passado.

Na média global, janeiro representou o décimo mês consecutivo de queda nos volumes de carga na comparação ano a ano, mensurados por toneladas de carga por quilômetro (CTKs*).

Para Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da Iata, o impacto do coronavírus no setor, no primeiro mês do ano, não foi muito grande. Tendo em vista que a epidemia ainda estava, praticamente, alojada na China em janeiro, é sinal que o resultado do próximo mês será ainda pior.

“Esperamos que tempos difíceis estejam por vir. A direção que os eventos futuros tomarão ainda não está clara”, avalia o representante da Iata.

A capacidade de carga, medida em toneladas de carga disponível por quilômetro (ACTKs), aumentou 0,9% na comparação ano a ano em janeiro de 2020. O aumento da capacidade foi maior que o crescimento da demanda pelo 21º mês consecutivo.