O coordenador da Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol, afirmou que a força-tarefa defende o respeito à lista tríplice para escolha do procurador-geral da República, pois ela seria uma forma de garantir um chefe “testado e aprovado” para a instituição. “A força-tarefa Lava Jato no Paraná sempre defendeu a lista tríplice, por favorecer a escolha de um PGR testado e aprovado em sua história e seus planos, assim como a independência do Ministério Público”, escreveu o procurador da República em seu Twitter.

Deltan faz coro à Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR), que emitiu nota na noite desta quinta-feira, 5, na qual se posiciona contrária à decisão de Jair Bolsonaro de nomear Augusto Aras como o futuro procurador-geral da República.

Segundo a entidade dos procuradores, a “ação interrompe um costume constitucional de quase duas décadas, seguido pelos outros 29 Ministérios Públicos do país”. “A escolha significa, para o Ministério Público Federal (MPF), um retrocesso institucional e democrático”. A ANPR convocou os procuradores para um protesto em reação à nomeação.

Augusto Aras não constava da lista tríplice escolhida pela categoria para substituir Raquel Dodge, cujo mandato termina mo dia 17 de setembro. “Nós nos unimos à ANPR no debate pelo melhor para o País e para a causa anticorrupção”, disse o coordenador da Lava Jato no Twitter.

O procurador Roberson Pozzobon, outro integrante da força tarefa em Curitiba, defendeu a independência do procurador-geral e do Ministério Público.

“É o mínimo existencial de uma instituição que – sejamos realistas – quando bem exerce seus deveres constitucionais, acaba vez ou outra incomodando muitos poderosos”, escreveu em sua conta no Twitter. Ele foi compartilhado por Deltan Dallagnol.