Após a aparição do vírus da Covid-19 (Sar-Cov-2), as variantes são um processo de evolução natural da doença. Essas alterações genéticas do vírus percorrem todo o mundo e preocupam os cientistas por sua capacidade de transmissão.

Desde o início da pandemia, já foram identificadas mais de 11 variantes do coronavírus no mundo. No Brasil, um painel da da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta uma prevalência de 59% da Delta no mês de agosto. Ao menos 50 pessoas já morreram da cepa no País.

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essas cepas têm duas categorias: de preocupação e de interesse. A seguir confira as principais mutações de preocupação já descobertas:

Delta (B.1.617.2)

Descoberta na Índia, a variante Delta é conhecida por sua alta capacidade de transmissão. A cepa já se tornou predominante em pelo menos 61 países e respondeu por mais da metade dos casos analisados, de acordo com a plataforma internacional Gisaid. Atualmente, a Delta circula em mais de 111 países, e as pesquisas mostram um nível de transmissibilidade 50% maior que as anteriores. 

Alfa (B.1.1.7)

A variante britânica, batizada de Alfa, fez com que o Reino Unido adiasse a reabertura total do país. Os cientistas ainda estão investigando a cepa, mas a hipótese inicial é de que ela tem potencial de letalidade mais alto.

Beta (B.1.351)

Já a variante Beta, descoberta na África do Sul, faz com que a ação dos anticorpos diminua. Com isso, a resposta do corpo do paciente ao tratamento e a recuperação são mais lentas. Ainda não foi comprovado se a cepa tem alguma relação com os casos mais graves.

Gama (P.1/P.1.1/P.1.2)

A variante brasileira, nomeada de Gama, foi a predominante no Brasil no início da pandemia. A taxa de transmissibilidade desta cepa é de até 2,4 vezes superior à variante original do coronavírus. Estudos indicam que esta variante tem uma taxa maior de escapar da atividade dos anticorpos no organismo, aumentando o risco de reinfecção.

Variantes de interesse

  • Épsilon (B.1427 e B.1429) – identificada na Califórnia;
  • Zeta (P.2) – identificada no Brasil;
  • Eta (B.1525) – identificada na Nigéria;
  • Teta (P.3 e B.1.616) – identificada nas Filipinas e na França;
  • Iota (B.1526) – identificada nos Estados Unidos;
  • Capa (B.1617.1; B1.620 e B.1.621) – identificada na Índia e Colombia;
  • Lambda (C.37) – identificada no Peru.