Em mensagem enviada a colegas, o delegado Bruno Calandrini, responsável pela investigação que levou à prisão do ex-ministro da educação Milton Ribeiro, disse que houve interferência na condução da investigação. 

Calandrini disse em um texto enviado e outras pessoas que participaram da Operação Acesso Pago que não tinha “autonomia investigativa para conduzir o inquérito deste caso com independência e segurança institucional”.  As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

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Ribeiro foi preso na última quarta-feira (22).  Um dos pontos em que ele criticou a ação da PF foi o fato do ex-ministro não ter sido levado à Brasília e permanecido preso na carceragem da PF em São Paulo. A cúpula da organização recebeu com surpresa as informações e decidiu abrir um inquérito para apurar se o delegado tem como provar as acusações feitas. 

Calandrini acredita que o ex-ministro teve um tratamento diferenciado “com honrarias não existentes na lei”. 

Ex-ministro foi solto nesta quinta-feira

O desembargador de justiça Ney Bello, do  Tribunal Regional Federal da 1ª Região, concedeu nesta quinta-feira (23) o habeas corpus para Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Airton Moura, também detidos pela operação. 

Eles são acusados de fazer parte de um “gabinete paralelo” da educação responsável por agilizar a liberação de verbas para prefeituras em troca de propina.