Os representantes de alto nível dos Estados Unidos nas negociações comerciais realizadas em Pequim se reunirão com o presidente chinês, Xi Jinping, confirmou um funcionário da Casa Branca nesta quinta-feira (14).

Larry Kudlow, assessor econômico do presidente Donald Trump, disse à imprensa em Washington que falou com a delegação, que inclui o representante comercial, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.

“Estão cobrindo todo o terreno. São duros com isso. Vão se reunir com o presidente Xi, é um sinal muito bom”, manifestou Kudlow, acrescentando que “o ambiente é bom”.

De qualquer forma, indicou que ainda “não houve decisão” sobre a prorrogação do prazo estabelecido pelos Estados Unidos para 1º de março para chegar a um acordo comercial entre as duas maiores potências econômicas mundiais.

Caso contrário, Washington ameaça aumentar de 10% para 25% as tarifas sobre as importações chinesas em um valor de 200 bilhões de dólares por ano.

O South China Morning Post havia informado anteriormente sobre a reunião dos representantes americanos com Xi, o que alimentou a esperança de um resultado bem-sucedido para o diálogo.

Trump disse que estava aberto a prorrogar o prazo de 1º de março para dar mais tempo às negociações e assegurou que se reunirá com seu homólogo chinês para fechar qualquer acordo.

Washington se queixa do enorme excedente comercial com a China em suas trocas bilaterais.

Também exige que Pequim ponha fim às práticas consideradas desleais, como a transferência forçada de tecnologias, o “roubo” de propriedade intelectual, a pirataria em computadores e as subvenções maciças a empresas públicas para convertê-las em líderes nacionais.

China e Estados Unidos já impuseram tarifas sobre bens por mais de 360 bilhões de dólares, o que afetou o setor industrial dos dois países e abalou os mercados financeiros.