A defesa antiaérea da Arábia Saudita interceptou mísseis lançados por rebeldes huthis – informou nesta sexta-feira (21) a coalizão militar liderada pelo governo saudita que participa da guerra no Iêmen.

Os mísseis visavam a “cidades e civis, um ataque flagrante ao Direito Internacional Humanitário”, disse o porta-voz da coalizão, o coronel saudita Turki al-Maliki, em um comunicado reproduzido pela agência de notícias local SPA.

“A capital (do Iêmen) se tornou um centro para montagem, instalação e lançamento de mísseis balísticos huthis contra o reino saudita”, completou.

Um porta-voz militar huthi, citado pela televisão Al-Massirah, controlada pelos rebeldes, disse que o ataque era direcionado às instalações da Aramco, a gigante petrolífera saudita, em Yanbu, oeste do país.

Segundo esse porta-voz, o ataque foi lançado por 12 drones, dois mísseis de cruzeiro e um míssil balístico.

Os alvos “foram atingidos com precisão”, completou a mesma fonte, acrescentando que haverá mais ataques, caso “a agressão econômica e o bloqueio” continuem.

Desde 2015, a coalizão participa da guerra no Iêmen, onde apoia as forças do governo contra os rebeldes huthis, próximas do Irã.

A guerra deixou milhares de mortos no país, essencialmente civis, de acordo com relatos de várias organizações humanitárias.

Além disso, deslocou 3,3 milhões de pessoas, enquanto 24 milhões, ou seja, mais de dois terços da população, precisam de assistência humanitária, segundo a ONU.