São Paulo, 03 – O Ministério da Agricultura aprovou nesta quinta-feira, 3, o registro de mais seis novos agrotóxicos; 41 defensivos genéricos – cujo princípio ativo já existia no mercado e teve a patente expirada – e dez defensivos biológicos e orgânicos, somando, agora, 382 o número de registros concedidos desde o início do ano, informou a pasta, em nota. O aprovação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta, por meio do Ato nº 70, de 2/10/2019.

De acordo com a nota do ministério, do total de registros aprovados este ano, 214 são produtos técnicos – ou seja, destinados exclusivamente a uso industrial – e os 168 restantes são produtos formulados, que já estão prontos para serem adquiridos pelos produtores rurais, mediante a recomendação de um engenheiro agrônomo. “Além disso, desses 168, 24 são produtos biológicos ou orgânicos”, informa a pasta.

A nota do ministério explica, ainda, que os seis agrotóxicos agora registrados são formulados com base em ingredientes ativos novos. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, tem ressaltado a importância de se aprovarem moléculas novas de defensivos agrícolas, por serem produtos menos tóxicos, mais modernos e seguros ambientalmente.

Entre as moléculas novas aprovadas nesta leva estão produtos à base de Dinotefuram, para controle a insetos sugadores como percevejos e mosca-branca. O Ministério da Agricultura adverte, porém, que este ingrediente ativo terá restrição quanto à dose máxima permitida e ao uso em época de floração das culturas, para proteger insetos polinizadores.

Quanto aos produtos biológicos e orgânicos aprovados nesta quinta, entre eles estão dois inéditos, informa o ministério: o feito à base de Heterorhabditis bacteriophora e de Hirsutella thompsonii. O primeiro é usado para controle da larva-alfinete, praga da batata. O segundo controlará o ácaro-rajado, praga que ataca soja, feijão, milho e algodão, além de frutas como morango, maçã, pera, uva, maracujá, melancia, abacaxi e cacau.

O Ministério da Agricultura defende, na nota, a aprovação dos produtos e reforça que “nos últimos anos, diversas medidas desburocratizantes foram adotadas para que a fila de registros de defensivos ande mais rápido no Brasil”. E continua: “O objetivo é aprovar novas moléculas, menos tóxicas e mais ambientalmente corretas, e assim substituir os produtos antigos, além da liberação de produtos genéricos. Pela lei, nenhum produto atual pode ser registrado com toxicidade maior do que os existentes no mercado”.