Pesquisadores americanos da Universidade de Stanford fizeram experimentos de voz em vídeos – acrescentando, excluindo ou alterando palavras – e os resultados mostram que criar falsificações realísticas (os chamados deepfakes) está se tornando mais fácil a cada dia. Nos testes em que os vídeos falsos foram exibidos para um grupo de 138 voluntários, cerca de 60% dos participantes disseram que as edições eram reais. Quando mostrados os vídeos originais o índice foi de 80%. Isso significa que a diferença entre aqueles que acreditam em um vídeo manipulado ou em sua versão original é ínfima, de uma pessoa em cada cinco. O estudo também afirma que não vai demorar até que softwares que editam falas tão facilmente quanto imagens estejam amplamente comercializados. “Embora os métodos de manipulação de imagens e vídeos sejam tão antigos quanto os próprios meios de comunicação, os riscos de abuso aumentam e reconhecemos que essas tecnologias podem ser utilizadas para falsificar declarações pessoais e difamar indivíduos proeminentes”, afirmam os pesquisadores.

(Nota publicada na Edição 1125 da Revista Dinheiro)