As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, num dia de volume de negócios reduzido, com investidores aguardando o resultado das eleições legislativas dos EUA desta terça-feira.

Na China, os mercados encerraram o pregão com desvalorização moderada, apagando parte das perdas que haviam exibido na primeira metade dos negócios. O índice Xangai Composto recuou 0,23%, a 2.659,36 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto, formado por empresas menores, caiu 0,36%, a 1.346,19 pontos.

Em Tóquio, por outro lado, o japonês Nikkei subiu 1,14%, a 22.147,75 pontos, graças não apenas à tendência de queda do iene frente ao dólar durante a madrugada como também ao forte desempenho de ações da montadora Toyota (+2,09%), que divulgou sólido balanço trimestral, e de farmacêuticas como Sumitomo Dainippon (+7%) e Daiichi Sankyo (+4,9%). Um total de 1,34 bilhão de ações trocaram de mãos, volume quase 10% menor do que a média do ano.

Ontem, em Nova York, os índices acionários Dow Jones e S&P 500 subiram, mas o Nasdaq terminou a sessão em baixa. Há muita expectativa em relação às eleições de meio de mandato dos EUA desta terça. Pesquisas de opinião indicam que os democratas irão reconquistar o controle da Câmara dos Representantes e que os republicanos deverão manter o comando no Senado, mas por uma pequena margem.

Se as projeções se confirmarem, o presidente dos EUA, o republicano Donald Trump, terá maiores dificuldades de seguir adiante com sua agenda legislativa.

Com as eleições americanas no foco, ficou em segundo plano a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), prevista para quinta-feira (08). A expectativa é que o Fed mantenha seus juros básicos inalterados neste mês e só volte a elevá-los em dezembro.

Continuam no radar, no entanto, as tensões comerciais entre EUA e China, embora tenham diminuído as esperanças de que haja algum desdobramento significativo antes de um encontro entre Trump e seu contraparte chinês, Xi Jinping, durante reunião de cúpula dos 20 países mais industrializados (G-20) em Buenos Aires, no fim deste mês.

Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi se recuperou na última meia hora de negócios e avançou 0,61% em Seul, a 2.089,62 pontos, ajudado por blue chips como a montadora Hyundai Motor (+3,4%) e a siderúrgica Posco (+2,5%), e o Hang Seng teve alta de 0,72% em Hong Kong, a 26.120,96 pontos, mas o Taiex caiu 0,66% em Taiwan, a 9.824,95 pontos, prejudicado por papéis de fornecedoras da Apple.

Na Oceania, a bolsa da Austrália foi impulsionada por ações de petroleiras e de mineradoras, e o índice S&P/ASX 200 subiu 0,98% em Sydney, a 5.875,20 pontos, alcançando o maior patamar em duas semanas. Como esperado, o banco central australiano (RBA, pela sigla em inglês) decidiu hoje manter sua taxa básica de juros na mínima histórica de 1,5%, patamar em que se encontra desde agosto de 2016. Com informações da Dow Jones Newswires.