PARIS/MILÃO (Reuters) – A Chanel acredita que suas vendas crescerão dois dígitos neste ano na comparação com os níveis pré-pandêmicos de 2019, disse o principal executivo financeiro do grupo de luxo francês nesta terça-feira, depois de ver a crise do coronavírus causar uma queda nas vendas em 2020.

A Chanel, conhecida por seus ternos de tweed, suas bolsas de mão acolchoadas e o perfume No. 5, é uma das maiores marcas globais do setor de luxo, que movimentam 340 bilhões de dólares, ao lado da Louis Vuitton, da LVMH.

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No ano passado, as vendas totais do grupo totalizaram 10,1 bilhões de dólares, um recuo de 18% (considerando a taxa de câmbio constante), pior do que o registrado por alguns rivais. As rendas da LVMH caíram 16% de 2020, e as da Hermès só regrediram 6%.

“No momento em que falamos, já estamos crescendo dois dígitos neste ano, e não vemos razão para esta tendência mudar”, disse Philippe Blondiaux, executivo financeiro da Chanel, à Reuters, mais um sinal de que os grandes grupos de luxo estão emergindo da crise mais rapidamente do que se esperava inicialmente.

Ele disse que a China e os Estados Unidos, em particular, estão impulsionando a recuperação, que ele viu como mais do que uma disparada temporária provocada pela privação das compras.

“Estamos além do que alguns chamam de compra por vingança, acreditamos que é um ímpeto profundo e duradouro, o que pode não ser verdade para todos os participantes do setor de luxo, mas é verdade para as grandes marcas que continuaram a investir, como fizemos.”