O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), evitou afirmar que a reforma da Previdência será enterrada com a publicação do decreto da intervenção no Rio, mas admitiu que ficará difícil votar o projeto em março. “De jeito nenhum”, afirmou, ao ser questionado se o decreto impediria a votação da reforma.

Ele, no entanto, admitiu que última semana de fevereiro é o limite para votar a reforma porque os deputados já estão pensando nas eleições. “Acho difícil votar a Previdência depois de fevereiro. O sentimento de parte importante dos deputados é de desconforto de começar essa votação em março”, disse.

Segundo ele, o “desconforto” é porque tem ano eleitoral e começa a janela partidária, quando deputados trocam de partidos, em março. “Não posso exigir de outros deputados a mesma compreensão que tenho. A sociedade ainda é majoritariamente contra a reforma da Previdência”, afirmou.

De acordo com Maia, cada deputado representa um segmento e não são todos tratam do tema fiscal. Ele, no entanto, disse que tinha o sonho de tirar a questão fiscal do debate ideológico e avançar com a discussão.