Aviação

 

Depois da Copa do Mundo no Brasil, em junho, o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, pode se transformar em um dos principais hubs da aviação mundial, a exemplo do que representa o terminal de Heathrow, em Londres, para o mercado europeu. É o que aposta a Latam, dona da brasileira TAM e da chilena LAN. Atualmente, a principal base de operações da companhia é Santiago. Segundo o CEO do grupo, Enrique Cueto, a mudança nas operações será possível em razão da inauguração do terminal 3, como parte da ampliação do aeroporto, que passou para as mãos da iniciativa privada. Isso, claro, se todas as obras forem concluídas a tempo. “Todas as grandes companhias têm um grande hub. E a partir dessa nova estrutura poderemos reorganizar os voos da TAM e da LAN e fazer de São Paulo nosso ponto de partida para o Exterior”, disse o executivo à DINHEIRO, na segunda-feira 31, durante evento de oficialização da nova aliança global da TAM, a OneWorld. Veja ao lado trechos de sua entrevista:

 

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Enrique Cueto, CEO da Latam: “Poderemos reorganizar os voos da TAM e da LAN e fazer

de São Paulo nosso ponto de partida para o Exterior”

 

Por que fazer de Guarulhos o hub da Latam no mundo? 

Com um hub dessas dimensões conseguimos ganhar escala. Isso reduz os custos de assento por quilômetro. Além disso, teremos mais espaço para operar cargas, um segmento muito importante para a companhia. Guarulhos possui uma grande capacidade de coleta na América do Sul. Por ano, são movimentadas 800 mil toneladas nesse terminal. E, por último, teremos um ganho tributário. Como os voos internacionais não pagam ICMS no combustível utilizado, e o imposto representa um terço do custo total do querosene de aviação, reduziremos as despesas.

 

Essa é a principal medida operacional da fusão TAM e LAN? 

Sim. Estamos trabalhando forte nisso e acreditamos que vamos aumentar as receitas em dólar com essa reorganização da malha internacional. Poderemos fazer um hedge natural, pois em aviação as despesas são contraídas em moeda americana. 


Qual a vantagem de se associar à OneWorld? 

A vantagem é que os passageiros brasileiros terão mais opções de voos para os destinos mais procurados, como Miami e Londres. Antes, em outra aliança, a cidade de entrada nos Estados Unidos, por exemplo, era Houston. E quem vai para Houston? Agora teremos mais escalas em Nova York e Miami. 

 

 

 

 


Salários


Estamos contratando. Pagamos bem

 

O ritmo mais lento da economia brasileira em 2013 não afetou as negociações salariais. Um levantamento do Dieese mostrou que 87% dos reajustes salariais de 2013 ficaram acima da inflação oficial, o INPC. O aumento real médio foi de 1,25%. Baseado em 671 negociações na indústria, no comércio e em serviços, o Dieese constatou que apenas 6% dos dissídios tiveram reajustes abaixo do INPC. Do total de categorias, 7% conseguiram reajustes iguais à inflação.

 

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Negócios


Bayer vai às compras

 

A alemã Bayer planeja investir R$ 200 milhões neste ano para fertilizar suas receitas com o agronegócio e na área de medicamentos. Os investimentos serão utilizados em aquisições no campo, de acordo com o presidente Theo Van der Loo. A ideia é concorrer de igual para igual com a Monsanto e a Pioneer. Desde 2010, a Bayer fez aquisições no Brasil e na Argentina para avançar em sementes, como a compra da CVR, e no ano seguinte da Soytech, ambas em Goiás. 

 

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Consultoria


Booz muda de nome

 

A consultoria americana Booz&Company, alvo de várias investigações nos EUA nos últimos anos, trocou de nome. Desde a quinta-feira 3, a companhia atende pelo nome de Strategy&, e faz parte do grupo PwC. 

 

 

 

 

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Combustíveis


Raízen ataca no Sul

 

Maior produtora mundial de etanol, a Raízen comprou a Latina, uma das principais distribuidoras de combustíveis no Sul do País. O valor do negócio não foi divulgado. O acordo prevê a incorporação de mais de 200 postos de serviços na região, além do terminal de distribuição em Ijuí (RS), onde operaram 74% das unidades da marca. A Raízen afirmou que a aquisição faz parte dos planos de crescimento da companhia no Sul.

 

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Prejuízo


Os recordes de Eike

 

Entra semana, sai semana, e o empresário Eike Batista se mantém inabalável no noticiário econômico. Pífia na produção de óleo, sua petroleira tem sido pródiga na produção de más notícias. A mais recente surgiu na quarta-feira 2. A petroleira OGPar (antiga OGX) registrou o maior prejuízo de uma empresa na América Latina em 2013: US$ 7,4 bilhões.

 

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Números


US$ 2 bilhões - é quanto a Caixa pode voltar a captar no Exterior nos próximos meses. Os recursos ajudariam a aumentar o crédito.

 

US$ 42 bilhões – foi o déficit da balança comercial dos EUA em fevereiro, segundo o Departamento de Comércio. Em janeiro, o resultado ficou em US$ 39,3 bilhões.

 

46% - é o percentual de risco de racionamento de energia neste ano, pelo cálculo da consultoria PSR. Com pouca chuva, o índice dobrou em março.

 

13,6% - foi o recuo dos pedidos de falência em março ante fevereiro, diz a Boa Vista SCPC.   

 

 

Colaborou: Ana Paula Machado