Pelos próximos cinco anos, a Griaule, empresa que fornece serviços de biometria, com sede em Campinas, vai receber US$ 7,5 milhões para gerenciar 5 milhões de cadastros biométricos do Estado do Arizona, nos EUA. Para isso, será usada uma tecnologia capaz de realizar o reconhecimento de impressões digitais, palmares e também a leitura facial e de íris. Segundo o diretor Renato Burdin, as informações coletadas irão ajudar o Estado americano na identificação de suspeitos de crimes e também na de funcionários para escolas e creches, ao reconhecer os candidatos que têm antecedentes criminais. “Eles já têm um sistema, mas queriam modernizá-lo”, afirma Burdin. Uma reunião marcada para este mês vai definir quando os trabalhos vão efetivamente começar. Fundada em 2002, a Griaule foi incubada na Unicamp e acumulou uma carteira de mais de 4 mil clientes em 70 países. Entre eles, destaque para o Tribunal Superior Eleitoral, a Polícia Civil do DF e a Caixa Econômica Federal. Os holofotes, porém, só foram conquistados em 2018, quando a empresa venceu uma licitação de US$ 75 milhões com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

(Nota publicada na Edição 1107 da Revista Dinheiro, com colaboração: Carlos Valim, Moacir Drska e Rodrigo Loureiro)