Quase imediatamente após a eleição, no fim de julho, de Boris Johnson como primeiro-ministro britânico, o Partido Conservador começou a inundar o Facebook com anúncios promovendo seu novo líder. São mais de 500 por dia, concentrandose nos ambientes temáticos de sempre: Brexit, sistema de saúde, políticas de educação, habitação e sobre violência. De 24 a 30 de julho, a primeira semana de Johnson na cadeira, os conservadores gastaram cinco vezes mais (23,3 mil libras) em anúncios na plataforma que os trabalhistas (4,6 mil libras). Mas em termos de quantidade de anúncios foi um massacre: 1.1124 contra 74. A estratégia da coordenação de mídia social conservadora é bem clara e busca uma demografia altamente específica. O grupo Who Targets Me, que monitora propaganda política nas mídias sociais, diz que apenas uma mensagem para “se juntar ao Partido Conservador”, por exemplo, foi vista principalmente por jovens de 18 a 24 anos, sendo 81% do sexo masculino.

(Nota publicada na Edição 1133 da Revista Dinheiro)