17/09/2019 - 11:36
A seguir as datas mais importantes dos governos de Benjamin Netanyahu:
– Retorno ao poder –
Em 31 de março de 2009, o líder do partido Likud Benjamin Netanyahu, que havia sido chefe de Governo entre 1996 e 1999, foi eleito novamente primeiro-ministro e substituiu Ehud Olmert, acusado de corrupção.
Apesar da participação de ministros trabalhistas, o governo de coalizão é de direita, com a participação do ultranacionalista Avigdor Lieberman, do partido Israel Beiteinou.
Em 2013, um novo governo Netanyahu, surgido das eleições legislativas antecipadas de janeiro, reúne a maioria composta por Likud, Lar Judeuo (direita nacionalista), Naftali Bennett e partidos de centro-direita.
O governo não inclui nenhum representante dos partidos religiosos ultraortodoxos.
– Operações em Gaza –
Em julho de 2014, Israel lançou a operação “Margem de Proteção” contra a Faixa de Gaza, governada pelo movimento islamita palestino Hamas, com o objetivo de deter o lançamento de foguetes e destruir os túneis cavados a partir do território palestino.
A guerra termina com 2.251 palestinos mortos, a grande maioria civis, e 74 israelenses, quase todos soldados.
– Mais à direita –
Em 15 de maio de 2015, Netanyahu, vencedor das eleições legislativas de março, formou seu quarto governo, que inclui ministros ultraortodoxos.
Um ano depois, após um acordo de coalizão com o Israel Beiteinou, Avigdor Lieberman assumiu o ministério da Defesa. O país passou a ter o governo mais à direita de sua história.
Em 24 de janeiro de 2017, Israel aprovou a construção de mais de 2.500 casas nos assentamentos da Cisjordânia e de 560 nos assentamentos de Jerusalém Leste.
Em 20 de junho, Israel inicia a construção do assentamento de Amichai, a primeira colônia construída a partir do zero desde 1991.
– Apoio de Trump –
Em 6 de dezembro de 2017, o presidente americano Donald Trump reconheceu Jerusalém como capital de Israel. A decisão provoca a rejeição da comunidade internacional e a ira dos palestinos, que desejam ver Jerusalém Leste um dia como a capital do Estado que aspiram.
Para o presidente palestino Mahmud Abbas, Washington não pode mais desempenhar o papel de mediador em futuras negociações de paz.
Outra decisão polêmica de Trump foi o reconhecimento em março de 2019 por Washington da soberania israelense sobre a parte do Golã sírio ocupada por Israel em 1967 e anexada em 1981.
– Confrontos em Gaza –
Em 30 de março de 2018, uma “grande marcha de retorno” teve início na Faixa de de Gaza para pedir a volta dos palestinos expulsos de suas terras ou que fugiram no momento da criação de Israel em 1948. Em 14 de maio, a transferência da embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém coincidiu com um banho de sangue.
Em novembro de 2018, Avigdor Lieberman reununciou após um acordo de cessar-fogo com os grupos palestinos.
Desde março, pelo menos 308 palestinos morreram em operações do exército israelense.
– Corrupção –
Em fevereiro de 2019, o procurador-geral de Israel informou a Netanyahu sobre a intenção de acusá-lo de corrupção, fraude e abuso de confiança.
Desde então, ele adiou para outubro a data do depoimento de Netanyahu, que pode resultar em uma acusação formal.
– Eleições –
Em 9 de abril, após eleições legislativas, o Likud e o partido de centro-direita do general Benny Gantz, conquistam 35 cadeiras, cada, das 120 do Parlamento. Em 17 de abril, o presidente Reuven Rivlin solicitou a Netanyahu a formação de um governo.
Mas em 29 de maio, diante de sua incapacidade de construir uma coalizão, o Parlamento aprova a própria dissolução e novas eleições são convocadas para 17 de setembro.
O primeiro-ministro preferiu uma nova votação a que o presidente solicitasse a outro político a tarefa de formar uma coalizão.